Palácio da Pena, O Palácio dos Sonhos em Sintra

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Palácio da Pena, O Palácio dos Sonhos em Sintra. O Palácio da Pena situa-se a cerca de 4,5 km do centro histórico de Sintra e é o mais completo e belo exemplar da arquitectura portuguesa do Romantismo. A sua edificação data de 1839, altura em que o rei consorte D. Fernando II de Saxe Coburgo-Gotha, adquiriu as ruínas do Mosteiro Jerónimo de Nossa Senhora da Pena para as adaptar a um palacete.

A obra foi dirigida pelo Barão de Eschwege, que se inspirou nos palácios da Baviera, para criar um edifício singular que conjuga influências «wagnerianas» de outros castelos no centro da Europa, com os traços mouriscos e os motivos góticos e manuelinos. Um verdadeiro «palácio de princesas» no cimo da serra de Sintra.

Implantado no topo da serra e fruto do génio criativo de D. Fernando II, o Parque e o Palácio da Pena são o expoente máximo, em Portugal, do Romantismo do séc. XIX, constituindo o mais importante pólo da Paisagem Cultural de Sintra - Património Mundial. Construído a partir de 1839 em torno das ruínas de um antigo Mosteiro Jerónimo erigido no século XVI por D. Manuel I, o Palácio incorpora referências arquitectónicas de influência manuelina e mourisca que produzem um surpreendente cenário “das mil e uma noites”. Em torno do Palácio, o Rei plantou, com espécies vindas de todo o mundo, o Parque da Pena (85ha) que é o mais importante arboreto existente em Portugal.

Depois de visitar a Pena, o compositor Richard Strauss escreveu: “Hoje é o dia mais feliz da minha vida. É a coisa mais bonita que vi! Este é o verdadeiro Jardim de Klingsor – e ali, no alto, ergue-se o Castelo do Santo Graal.”

Hoje é possível desfrutar deste riquíssimo património natural, através de percursos livres ou orientados, numa experiência inesquecível. Para a construção do Palácio foram aproveitadas as ruínas de um convento quinhentista existente no topo da serra, que foi adquirido por D. Fernando II. Este imóvel degradado terá exercido em D. Fernando um enorme fascínio emanado da sua educação germânica que pressupunha a valorização estética das ruínas de acordo com o imaginário romântico da época. O projecto inicial era, apenas, a recuperação do edifício para residência de Verão da família real, muito embora o entusiasmo o tenha levado a decidir-se pela construção de um Palácio.

No parque, a expressão da estética romântica alia a busca do exotismo ao fascínio pela impetuosidade da natureza. Foi por entre caminhos sinuosos que, por iniciativa de D. Fernando II, se deu início à plantação deste parque que compreende um elenco florístico insólito, composto por espécies florestais nativas da Europa, associadas a muitas outras originárias de regiões distantes, em especial da América do Norte, da Ásia e da Nova Zelândia. Ao longo dos percursos e caminhos, sucedem-se as sequóias, as tuias, as faias, as magnólias e as cameleiras que se destacam pela sua imponência, monumentalidade e beleza. Constituem também pontos de referência, nos diversos percursos possíveis através dos trilhos do parque, a Cruz Alta, o Alto de Sto. António, o Alto de Sta. Catarina, a Gruta do Monge, a Fonte dos Passarinhos, a Feteira da Rainha e o Vale dos Lagos. O arvoredo enquadra pavilhões e pequenas edificações que proporcionam viagens no tempo e no espaço, compondo um cenário de inigualável beleza natural, mas também de grande relevância histórica e patrimonial.

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